OUTRA MANHÃ

Ainda que

a manhã

fosse fogo

iluminura

Pintada em um fundo

de tela

Pendurada na parede

Do museu de arte

Nada poderia perpetuar

A viva manhã natural

latente

real

A manhã

Cujo sol

Faz suar os poros

E iluminar

As àguas da baía

Mas que o tempo

Faz adiá-la para

Outro dia

outra manhã

Que novamente pode ser

De sol

Ou de chuva e por si só

Diferente da manhã pintada

Na tela

esta

eterna

e isenta do suor do sol

Luiz Cláudio Bento
Enviado por Luiz Cláudio Bento em 10/05/2012
Código do texto: T3660623