Quem dera

Vesti-me de ilusão

Escudei-me de esperança

Plantei sonhos pelo chão

Ousei colher a bonança.

Mas no vendaval da sorte

Tão somente achei a dor

Agora busco suporte

Para fugir deste horror.

Lanço meu grito incontido

A buscar por um alento

Dor que eu tenho vivido

Transformou-se em meu tormento.

Tudo o que tenho querido

É sorrir por um momento

Esquecer do tempo havido

Desviar o pensamento.

Quem dera eu achasse colo

Nos braços da alegria

No teu olhar meu consolo

A paz que sonhei, um dia.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 10/05/2012
Reeditado em 10/05/2012
Código do texto: T3659919