Vida

Sou como folha seca, que o vento leva para onde quiser

Não importa o que desejo, se é que ainda há desejo por algo em mim...

Minhas forças já foram

Teimosas, não querem mais voltar.

O sol está quase se pondo

Para a lua me iluminar

Seria capaz de passar a noite inteira a observar

Mas algo me consome, algo que ainda nem tem nome

Não vejo, mas sinto ferir meu coração abatido sem piedade

Ás vezes acredito que terminarei em lágrimas

Enquanto espero mansamente o sono profundo, aliviar essa canseira...

Não me importa se quem ler minhas palavras e não entendê-las

Não há como prendê-las ao sentido, elas são indomáveis

Mas procuro com desespero escrevê-las

Para que algo de mim fique pela eternidade.

Anos atrás eu imaginava uma vida linda

Tantos planos, tantas metas....

Até essa doença maldita querem matar minhas páginas com um derradeiro ponto final.

Suspiro cansada, ou melhor, renegada.

É mais forte do que eu.

Talvez um dia alguém entenda

Talvez quem sabe me faça novamente viver

Lendo minhas linhas morbidas

E dar outra vez a vida que a vida tirou de mim.

Essa é a esperança.

Queila Dias
Enviado por Queila Dias em 10/05/2012
Reeditado em 05/06/2012
Código do texto: T3659829
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