BANZO

Estilhaços n’ alma jazem,
A cabeça toda alva
Tantas luas,
Todas as marcas,
Tantos ferros,
Tantas enxadas,
Lá atrás,
bem longe
o passado:
De memórias bastas,
Na cabeça alva,
N' alma lavada,
o banzo se arrasta,
contínuo, vergasta
transido,
tortura a alma,
nos silêncios eloquentes, 
nas palavras mortas,
nas memórias bastas.




 
Fátima Trinchão
Enviado por Fátima Trinchão em 09/05/2012
Reeditado em 25/10/2019
Código do texto: T3659371
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