Papel Branco, Lápis sem Ponta!

Três pedalam, roda para aro mais quinze,

Sandálias & ou chinelos, no ar descalço,

Réstia de cores para uniformes simples,

Variegados costumes pela ordem ruim,

Arruinados de plantão na coleta da rua,

Hora passando no telefone público,

Cisco no olho, dragão apenas de fumaça,

O fogo-fátuo implodiu a razão no ego,

Estrias nas olheiras da árvore-mãe,

Assim como o desleixo fere a providência,

Fugas para espinhos secos, dispersão,

Mal olhar os teus, por mais que façam,

Cuspir no prato que sempre comeu,

Braços cruzados reclamantes & inúteis,

O caminho mais longo, a noite mais triste,

Empolga-se com brilharecos & mídias,

Veículo dos outros, sem combustível, zero,

Pernas bambas para subir, mira ladeira,

Avança batendo a cabeça no muro,

Como se não bastasse, ainda cri na vez,

Que todos estão errados, menos você!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 01/02/2007
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