Não temas
O medo apresenta motivos,
insegurança anexa os seus;
derrota constrói seu abrigo,
quando desaloja ao lutador,
e então faz do medo, pavor,
e esse peso carrega consigo,
deixando por trilhos breus,
os passos de mero fugitivo…
De onde a força do medo?
E o que o faz tão vigoroso?
O que tal insinua, aparenta,
ou algo que, de fato, ele é?
afinal, desencaminha a fé,
nos fantasmas que fomenta,
fragilizando preso medroso,
seu joguete, seu brinquedo.
Onde estão as suas raízes,
pra que se possa erradicar?
Pois ele é bandeira branca,
numa precipitada rendição;
Talvez o âmago, o coração,
é d’onde o medo se arranca,
os que conseguem expulsar,
já são bem menos infelizes…