Novas cantigas de retorno!

Retorno no recanto, o canto que choro,

Da vista que abraço, sem amargo regresso,

Destarte por apartes, a parte que presto,

Pela ameia que circula a voz sem reservas,

Traz de terras tão distantes sem alardes

A parva palavra como veia & cisterna

Coisas do coração naquilo que expresso,

O volume da volúpia como de resto,

Não, não pare o choro ainda, verte,

Sinta a força de todos e tantos prazeres,

Peque pela minha sanha enlouquecida

Cada página no tempo preenchida,

Vá mais adiante, reveja o passado,

Cada trova mal escrita pelos sentidos

A força das falsas rimas mais solertes

Num correr de olhos sem muito esforço,

Das vertigens causadas, tremores insanos,

Toda a pele desnuda, arrepios mais fortes,

Tantos beijos tomados sem mais alvoroços

Sem deixar marcar em volta do pescoço

O tremeluzir dos versos na brisa passante

A mão que cobiça os beijos amantes,

Vem mais uma noite na calada solidão,

Expor entre agruras torrente paixão,

Esperas por mais ricas rimas, esperas a toa,

Malgrado de outros poetas, apenas coleciono,

Mais palavras pelos caminhos, tortos ou não,

Outra cantiga para chorar pela escuridão!

Toquei a noite, uma estrela sorriu para mim!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 01/02/2007
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