Novas cantigas de retorno!
Retorno no recanto, o canto que choro,
Da vista que abraço, sem amargo regresso,
Destarte por apartes, a parte que presto,
Pela ameia que circula a voz sem reservas,
Traz de terras tão distantes sem alardes
A parva palavra como veia & cisterna
Coisas do coração naquilo que expresso,
O volume da volúpia como de resto,
Não, não pare o choro ainda, verte,
Sinta a força de todos e tantos prazeres,
Peque pela minha sanha enlouquecida
Cada página no tempo preenchida,
Vá mais adiante, reveja o passado,
Cada trova mal escrita pelos sentidos
A força das falsas rimas mais solertes
Num correr de olhos sem muito esforço,
Das vertigens causadas, tremores insanos,
Toda a pele desnuda, arrepios mais fortes,
Tantos beijos tomados sem mais alvoroços
Sem deixar marcar em volta do pescoço
O tremeluzir dos versos na brisa passante
A mão que cobiça os beijos amantes,
Vem mais uma noite na calada solidão,
Expor entre agruras torrente paixão,
Esperas por mais ricas rimas, esperas a toa,
Malgrado de outros poetas, apenas coleciono,
Mais palavras pelos caminhos, tortos ou não,
Outra cantiga para chorar pela escuridão!
Toquei a noite, uma estrela sorriu para mim!
Peixão89