Beleza morta
A beleza na poesia morreu.
Tudo o que eu posso fazer
é descrever meus fantasmas.
Mas não, não se apiede de mim.
Conheci mais da Alma do Mundo
do que o mundo pede para ver.
Meu ser não se reconhece mais uno,
é só fragmento de uma unidade maior
que se espatifou no espaço-tempo.
Mas não, não lamento nada.
O conhecimento da estrada
é a chave que preciso
para adentrar com sorriso aberto
pelos portais da sabedoria.
Lá, a beleza renascerá,
como o sol no amanhecer.