Perto

Era casada, me

Chamou encontrá-la

Tinha olhos apagados

De uma vida ingrata

Entrei em seu quarto

Seu cama estava

Fria de um desejo

Verdadeiro, mas

Isso não convinha

Eu me tranquei

Sei saber o que

Fazer, ou ir embora

Para sempre ou

Seu corpo perceber.

Sentei em uma cadeira

De couro e madeira

Negra, uma força

Me alcançou que

E me fez vê-la inteira

Meu corpo estremeceu

De tanta alvura em sua

Pele, seios de menina

Duros leves e abertos

Com muita brancura

Uma boca delgada

E um olhar amigo

Verdes e tocados

Pelas bênçãos da vida.

Eu deitei em sua

Cama do seu lado

Direito, abracei

O seu corpo, um

Cheiro de cereja

Dos campos

Bonitos que

Que pulsava

Em suas veias

Ela me olhou

E otempo dobrou

E o amor escondido

Brotou firme

Como dom de abrigo

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 08/05/2012
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