Dimensão clara

Eu andava por entre

Árvores e arbustos

Quando me deparei

Com uma casa

Branca escondida

No meio do mato...

Na frente uma bela

Moça sorria e com

As mãos me chamava

Pra perto.

Olhei ao redor

Um profundo redor

Que me rodeava

Frestas cinzentas

De cidades apartadas

De perversões sinceras

E de homens bons

E olhares crus:

E claro, todo o verde

Que compõem a esperança,

Impregnava as árvores

Mais altas da floresta,

No alto, uma cortina

Brilhante cobria

Tudo com um vazio

Branco e solar.

A moça com um sorriso

De prata e bronze

Estendeu-me as mãos

Eu via ao seu dispor

Campos imensos

De beleza e ternura

Sua pele alva, contrariava

O pouco de medo

Que ainda me atraía

E foi que resolvi

Lhe encontrar.

Andar em sua direção

uma nova dimensão

se abria na floresta.