Lua-de-mel

E estatelou-se a madrugada

Sem pressa se espreguiçava

Instada a testemunhar nossa nudez

O martírio de sua vida enrugada

Se era amor ou sexo, pouco importava

Fazia frio escaldante

Mas o sol cúmplice por lá ficava

Esperando gemidos estrondearem

E nossa noite ser marcante

Como aquelas que eu sempre jurava

O paraíso e o clímax a reinarem

E tinha os infalíveis zumbidos

Esquecidos no orvalho de nossos corpos

Estávamos dedicados em nos unirmos

Em juras de lealdade e amor imbuídos

E na dor melificada de primeira vez amorfos

Jubilando pelo abandono a qualidade de ázimos

E tenramente nos pertencemos

Procurando arcar qualidades profícuas

Desejosos de distante ver a mocidade perdida

E num momento eternizado percebemos

A vasteza de nossas vozes roucas

Procurando a libido que se fez perdida

E vieram os sucessivos suspiros

Nossas mãos afadigadas já entrelaçadas

Manifestando união, paixão e perenidade

Ultrapassamos a candura aos urros

E nossas vozes solfejando esforçadas

O amor carnal se tornara verdade

Odibar João Lampeão
Enviado por Odibar João Lampeão em 08/05/2012
Código do texto: T3655992
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