ZONA ILIMITADA

Recolho os galhos quebrados com o brilho da beleza

Que dura por apenas um segundo.

Sendo o ar o meu profícuo verso nesse poema chamado vida,

Alinho as rimas desconexas como pedras que rolam

Para encontrar o seu lugar.

Assim vejo surtir efeito naquilo que escrevo sem querer

E no emaranhado incompreensível dos caminhos cruzados,

O grande alçapão é que convida às indagações.

Meneios de cabeça são falas abstratas,

Mas mesmo assim são ícones lingüísticos

Na comunicação sem verbo.

E a beleza da aquarela é exatamente a mistura das cores,

Pois assim se faz a pintura da vida,

Sem intenção em ganhar o mundo,

Acabamos por ganhar um mundo de descobertas

Em cada esquina de acaso.

Márcio Ahimsa
Enviado por Márcio Ahimsa em 01/02/2007
Código do texto: T365549