ZONA ILIMITADA
Recolho os galhos quebrados com o brilho da beleza
Que dura por apenas um segundo.
Sendo o ar o meu profícuo verso nesse poema chamado vida,
Alinho as rimas desconexas como pedras que rolam
Para encontrar o seu lugar.
Assim vejo surtir efeito naquilo que escrevo sem querer
E no emaranhado incompreensível dos caminhos cruzados,
O grande alçapão é que convida às indagações.
Meneios de cabeça são falas abstratas,
Mas mesmo assim são ícones lingüísticos
Na comunicação sem verbo.
E a beleza da aquarela é exatamente a mistura das cores,
Pois assim se faz a pintura da vida,
Sem intenção em ganhar o mundo,
Acabamos por ganhar um mundo de descobertas
Em cada esquina de acaso.