Se...

Se assim

o meu barco

navegasse por essas

noites frias.

E se o vento

soprasse em brandas

nuvens de espumas.

Talvez a saudade

não fosse tão doída.

Se assim

o meu barco

navegasse por essas

noites frias.

E os meus olhos

não fitassem a tua

silhueta frígida.

Eu não estaria

compondo

poesias.

Nem minha alma

Seria tão vadia.

Nilópolis, 07/05/2012.