Extremos...

é tão meu esse vácuo

que nele para outros seres

não há espaço

é tão fundo meu céu

que nele nascem e morrem

dos sonhos, os olhos

é tão oca minha morada

que nela costuro e colho

as blasfemias de meus ais

é tão frio o meu inferno

que nele estendo meus dedos

e incinero-os ao gelo

é tão solitario o meu grito

que nele, letras e palavras

comem e bebem, raizes

Almma
Enviado por Almma em 07/05/2012
Reeditado em 07/05/2012
Código do texto: T3655019
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