Cura




22:23 hs e estamos em contagem regressiva.
Algum dia essa equação termina.

Minas terrestres, escombros, ogivas....
são tantos pedaços em forma de corpo,
espalhados em todas as faltas de sentido,
que acostuma-se com o mesmo som, sem vida,
do realejo velho tocando o som da causa perdida.

E surpreende no fim de tudo,
que na escuridão do concreto não conforme,
resistam as almas, como um carcinoma,
com seus instrumentos e partituras.
Vamos fazer patê de Dvorak,
e renascer com sua sinfonia.

Daqui pra frente é meu descanso,
até que venha um novo cataclisma.





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Poesia inspirada no quarto movimento da sinfonia  9 de Dvorak (Do novo mundo).
Ouça:
http://www.youtube.com/watch?v=BFZcCNYF6-4

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 06/05/2012
Reeditado em 06/05/2012
Código do texto: T3653663
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