Estagnação

Inerte, meio inconsciente,

Que rumo tomar?...

Onde acharei as saídas?

De todos os lados,

Portas que se fecham,

Caminhos desiguais...

Estagnei! Como pude chegar?

Onde estão as veredas

Que aqui me trouxeram?

E, agora, não as vejo,

Nem trilha, nem sombra,

Nem pegadas?...

Os marcos...

Por onde andarão?

Eu os fiz picada adentro.

Quem os desviou?

E as árvores?..

Quem as ceifou?

Meu campo,

Outrora florido, está putrefeito.

Flores murchas jazem pelo chão.

As larvas, malditas larvas!

Ousaram infestar o último reduto

De minha mais nobre cultura.

Recomeçar!

Refazer tudo outra vez,

Partindo do quê?!

Nem luzes, nem sombras vejo.

As sementes...

Sim, as sementes...elas germinarão!