de música e de poesia52
Você me trancou dentro de mim.
Fiquei empurrando a porta limítrofe
entre quem observa e quem escolhe:
nem sempre o "eu" é a mesma pessoa.
(Essa sua dança deve ser
a dança da cadeira).
meu querido marionete de madeira,
se temos nariz de pinóquio
a culpa é toda do benflogin,
e também daquele anão de jardim
que jurei ter visto em seu boulevard
na noite em que você me disse: "Sim.
Seremos amigos".
Por causa disso precisei chorar.