Asas inquebrantáveis

Lembro quando mais moço,

eu balança

Como aquela árvores

Do campo

Como aquelas folhas

De mamona.

Qualquer vento

me animava

e me tirava os pés do chão.

Subia como aquele pipa

No céu. Sem esforço.

Vagueava entre o azul

do infinito azul e o branco das nuvens

Hoje não consigo mais.

Estou aprendendo a apreciar

As entranhas da noite.

As noites estão

Cada vez mais compridas

E molhadas.

E o sol já não me atrai tanto

Eu Preciso das penumbras

Onde posso ser coisas

Que se queima muito

fácil no dia aberto

Que se derrete nas temperaturas

Altas.

Sinto falta dos võos matinais

Que fazíamos quando o peso

Das noites não eram tão percebidos.

E não se cobravam da gente,

Asas inquebrantáveis

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 06/05/2012
Reeditado em 06/05/2012
Código do texto: T3653113