NO MEIO DO CAMINHO

No meio do caminho havia trinta moedas.

Trinta moedas havia no meio do caminho.

Um beijo na face. E Judas, o Traidor,

Entregou Nosso Senhor.

No meio do caminho, ainda hoje, há tantas moedas!

Há tantas moedas, ainda hoje, desviando os caminhos.

No meio do caminho, no meio do corredor,

Pessoas a sentir dor, sem remorso do vendedor.

No meio do caminho, no meio dos corredores,

Nos hospitais públicos, existem tantas macas jogadas,

E, em cima dessas macas, tantas pessoas vendidas,

Por tantos Judas de hoje.

Os olhares se fazem turvos. Corações param de bater,

Tantas mães estão a sofrer, e tantos filhos queriam ter

Seus pais juntos... E bem velhinhos;

Mas, muito sonhos se rompem,

Pois certos Judas se corrompem,

Pelas moedas tão sujas,

Que existem no meio do caminho.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 06/05/2012
Reeditado em 15/01/2014
Código do texto: T3652793
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