largar a sujeira
Tenho essa imagem
Que já não é verdadeira
De um tempo muito seco
Tempo louco de besteira
Hoje está tudo mudado
Não sou mais de brincadeira
Sou homem arretado
Que não engole asneira
Que já sabe defender
O corpo longo da vida
Hoje sei ver as mentiras
Que saem de bocas ressentidas
Que cospem pra fora, como
Um sapo embrulhado, a parte
Que já não quer, mas que
Não sabe transformá-lo.
Não entende que a vida
É um eterno largar
Tudo já que não serve
Pra poder continuar
E não sabe destruir
a sujeira guardada que
não ajuda nada, nada mesmo
De nada.