Diante da flor
O jovem ali
Presente, que vê
A sala com um olhar
Infantil, despede
Do seus amigos
Que lhe desejaram
Um dia de sal
E na saída do prédio
Onde um amarelo verde
Se distribuía
Pedaços sólidos de sol
Fazia a vida vazia.
E depois de se jogar do alto
Das trevas de uma sonhador
Perguntou à moça alva
- Afinal, o que é amor?
A moça deu-lhe as costas
Como se fosse uma resposta
Desiludida com a vida
Preferiu ser defendida...
O rapaz deu um sorriso
E seus passos lhe carregava
A procura de um mendigo
Que na praça lhe esperava
Apresentou-se lhe a frente
Num aperto de mão
E perguntou sem perceber
- Como é o coração de homem?
O mendigo não pensava
Mais em questões metafísica,
Disse não ter importância
Se não tem o que se come.
Deu-lhe uma tristeza
De não achar as respostas
Que lhe deixaria mais tranquilo
Nesse momento de bossa
E olhou para o céu
De um jeito ressentido
E perguntou para Deus
- onde estão os meus amigo?
o céu se fechou
a água desabou
seu corpo todo molhado
era a resposta do senhor
Que mostrava em resposta
Em medida de rancor
Que o importante na vida
É mostrar o seu valor
Finalmente entendeu que
ele era o problema
De não ser verdadeiro
Mesmo diante da flor.