Encorpado de amarelo
O beijo que desce a ladeira
Em remelexos arquétipos
Primeiro, do celeste campo
de trigo é o contorno que leva
Ao menino!
Que com a voz se faz
Vencedor, no aroma cálido
De amor, que seduz a retina
Infinita, que se entrega ao
Mistério de uma flor
E no mundo mais que antigo
De brejos, moças e mitos
Um vagabundo desse a ladeira
Parte minha que ainda vive
E nas labaredas eterna do ser
Nas colinas poéticas roucas
o jogo de um tímido amanhecer
é a força escondida dos loucos
Mas embaixo do corpo de barro
Dos espasmos de um dia banal
É a sombra que pela vida anda
é a mesma: temida e igual.