POESIA FEITA DE LÁGRIMAS

Quando a vejo na amplidão

uma estrela reluzente

mesmo entre tantas outras

reconheço prontamente.

Também pudera, era ela,

que ao lado da minha cama

todas as noites se sentava,

e dizia com carinho:

_ Meu filho, mamãe te ama!

Ensinava-me uma prece,

beijava sempre o meu rosto,

dizia suavemente:

_ Durma com Deus, meu amor,

e eu todo cheio de gosto,

como quem ganha um presente,

dormia por toda a noite,

e acordava contente.

E logo ao raiar o dia,

quando de novo me via,

outra vez ela dizia,

servindo um café novinho:

_Meu filho, mamãe te ama!

pobre que fui não me iludo,

podia não ter de tudo,

mas nunca faltou carinho.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 06/05/2012
Código do texto: T3652317
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