O Homem e o poema
Escrever é arte talhada
à excelência do ouro.
é a pintura mais gélida da verdade,
e a que mais se aproxima da mentira.
Falo por mim,
que não são minhas mãos
as autoras;
tampouco a alma,
Nem o coração, nem o cérebro, ou o ego.
Para que em testamento,
Ainda que alguma noção tivesse,
Delatar quem tudo isso descreve.
Para ter culpa que me condene
No frio mundo
Em que as palavras se perdem.
Duvido de mim mesmo,
Com tamanha hipérbole exaltada!
Afinal, sou um ser humano,
Ou a encarnação dos meus poemas?