ralo de pia
A cidade era pequena
Seus filhos também pequeno
Uma praça e duas igrejas
O jumento era o carro primeiro
Se andava também de bicicleta
E muito de procissão
Não havia outro mundo
Sempre a mesma solidão.
As casas eram pequenas
Mas cabia uma vida dentro
As paredes denunciam
O emparedar de uma família
Foto do avô, do prefeito
E da tia, que foi embora
Muito nova, era única
Que valia...
Dizia a matriarca
Orgulhosa de esperança
Que lá pelo dia 20,
Tinha dinheiro no banco.
Era a menina culpada
Essa tia que eu dizia
Que mesmo tendo partido
Não aguentava e ressentia.
Uma parte ainda
Morava no canfudó
De uma Bahia...
Que já foi se embora
Como água suja na pia