Árida

Bebeste no seio outonal

O leite desértico da dor

Que habitava o tempo, o espaço,

As dimensões

E fugiste do seio em brado ardente

Caminhaste o passado e o futuro

Dialogando os mitos que não eram

E que não foram do sol a luz primeira

E que fizeram da vida mágoa inteira

No amor tardio que não fomos!