Terno e sensato
Ternamente se aproxima do fim
teimando em viver o que resta.
Ainda supre inúteis esperanças
de alegrias no amor inexistente.
Sutilmente desfalece em sorrir,
desfarçar a desgraça em paixão.
Passeia por ruas distantes de casa
sem pressa e coragem pra voltar.
Até onde vai o sentimento perdido
segue as sombras cantarolando
assobiando canções que nunca aprendeu.
De repente se apega ao futuro,
de repente se aconchega na dor.
Inesperadamente desiste do sonho
Sensatamente se nega a amar.