Terno e sensato

Ternamente se aproxima do fim

teimando em viver o que resta.

Ainda supre inúteis esperanças

de alegrias no amor inexistente.

Sutilmente desfalece em sorrir,

desfarçar a desgraça em paixão.

Passeia por ruas distantes de casa

sem pressa e coragem pra voltar.

Até onde vai o sentimento perdido

segue as sombras cantarolando

assobiando canções que nunca aprendeu.

De repente se apega ao futuro,

de repente se aconchega na dor.

Inesperadamente desiste do sonho

Sensatamente se nega a amar.

Reis de Oliveira
Enviado por Reis de Oliveira em 04/05/2012
Código do texto: T3650264
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