TRAGO-TE

Derramo-me aos teus pés,

de amor pulsante,

escondo nos meus olhos

teu poema.

Aquele que foi feito

todo amante...

misterioso, oculto

teorema.

Agora trago a ti

minha alma aberta,

com sonhos que colhi

na noite escura,

e ponho nas tuas mãos

a hora incerta...

que vive oculta em ti

doce tortura.

Eu trago-te o amor

maior do mundo

e já não sei mais que

devo esperar:

um olhar cheio de cores,

mar profundo

ou maquiagem vil,

no disfarçar.

Eu trago-te

meu tango, belo e quente

faminto no desejo

de obter,

o teu sabor vermelho,

e o beijo ardente...

suor, calor, paixão,

vivo prazer.

Eu venho aos teus pés,

trago-te rosas,

imploro em fito olhar,

teu gesto insano:

fazer da noite

esguia e vagarosa

remodelando, assim, o velho

engano.

Eu venho recolher-te

em prosa e verso...

estás em mim

e afloras meu sentido.

Deixei-te e como prêmio,

tive o inverso:

o tempo mais escasso

e mais sofrido.

E agora aos teus pés

deixo o receio

que pulsa no meu peito

latejante:

Teu riso e o teu olhar

é meu anseio

sem ti perco meu rumo,

sigo errante.

E hoje deixo a ti

minha alma exposta,

só quero o teu olhar

a me sorrir,

Sorria para mim,

digas que gostas,

de meu orgulho

morto a te seguir!!

Dete Acioli
Enviado por Dete Acioli em 04/05/2012
Reeditado em 05/05/2012
Código do texto: T3650111
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