POR TI
O que poderia te dizer,
eu, que andei tanto tempo
em busca de mim mesmo
e hoje descubro que foi em ti
que me encontrei?
Falar do amor, o que dizer,
se tanto te amei sem mesmo pensar?
Não, falar do amor, não.
Poderia falar do encontro,
este que me foste.
Tu, que me vieste em calma,
no momento exato da desesperança
e me deste a paz
e me deste teu corpo
e ficaste em mim depois do amor.
Tu, que me amanheceste em carinhos
e cheiros impensados
preenchendo tardes vazias.
Tu, que me trouxeste de volta à poesia
e te fizeste em rima
de versos já esquecidos.
Tu, que me fizeste homem,
eu menino
e me foste mulher,
como sempre te esperei.
Tu, que ao partires,
me fizeste espera
e, te esperando,
pude compreender a ausência.
Tu, que me fizeste ficar,
quando meu tempo era de partidas
e me foste amiga.
Por ti, pois,
faço-me encontro,
muito mais que amante.
O que poderia te dizer,
eu, que andei tanto tempo
em busca de mim mesmo
e hoje descubro que foi em ti
que me encontrei?
Falar do amor, o que dizer,
se tanto te amei sem mesmo pensar?
Não, falar do amor, não.
Poderia falar do encontro,
este que me foste.
Tu, que me vieste em calma,
no momento exato da desesperança
e me deste a paz
e me deste teu corpo
e ficaste em mim depois do amor.
Tu, que me amanheceste em carinhos
e cheiros impensados
preenchendo tardes vazias.
Tu, que me trouxeste de volta à poesia
e te fizeste em rima
de versos já esquecidos.
Tu, que me fizeste homem,
eu menino
e me foste mulher,
como sempre te esperei.
Tu, que ao partires,
me fizeste espera
e, te esperando,
pude compreender a ausência.
Tu, que me fizeste ficar,
quando meu tempo era de partidas
e me foste amiga.
Por ti, pois,
faço-me encontro,
muito mais que amante.