Essa tal de solidão
Quero juntar os pedaços do meu eu que ainda restam, e tentar me encontrar na longa estrada percorrida.
Percorrer o caminho de volta dói... Sonhos desfeitos, oportunidades perdidas, desilusões sofridas...
Dei de cara com a vida me espiando...
Tive uma sensação estranha... Dois olhos enormes me observando...
Tentei fugir de mim mesma, mas tive um encontro com ela, na esquina em que terminava a minha rua.
Voltei... Juntei minhas coisas, pus na mala e peguei carona com um homem sonhador. Sonhava em encontrar um grande amor.
Rimos muito e eu acabei contando pra ele que de tanto sonhar com o amor, caí da cama e fraturei as costelas...
Agora prefiro fazer a minha viagem num barco a vela.
Sem bússola, sem direção... Eu e a solidão.
Não dá pra andar sozinha, desacompanhada... A solidão pediu morada em meu coração e a deixei entrar...
Mas a noite, quando tudo silencia, a solidão fere meu peito em agonia...
E agora, quero encontrar um lugar seguro, ali mesmo atrás do muro, a solidão vou deixar.
O meu coração está vazio...
Esperando um inquilino, ou que seja um hospedeiro, só não quero mais ficar sozinha...
Vai embora solidão, aqui nesse coração, você não vai mais morar!