O que me resta da vida

Trajado de dor e fome

Viajo nesta vida fria e devorante

A ideia de ser artista me consome

Talvez a escrita me leve avante

O vento das lembranças não me inspira

Os amores imaginados da infância

Esses, a memoria não os tira

Talvez a escrita novos me traga em abundância

O meu ser reflecte pouca alegria

A vontade, é que minhas letras o façam

A conivência negativa é tacanhamente fria

Por andar nela, meus pés já se cansam

E por essa decisão?

Oh futuro que tanto espero

Corrija minha triste e alegre ilusão

Para que minhas letras vivam como ferro

E ai de ti, minha desalmada vida

Se essas chagas e fomes não sanares

Castigo pior que a própria vida

Será esta morte sem olhares

Odibar João Lampeão
Enviado por Odibar João Lampeão em 04/05/2012
Reeditado em 04/05/2012
Código do texto: T3648615
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