caminho

coisas que repelem meu ouvido

ouriço bravo que cedeu espinho

cadeira imóvel de cogitação

pela avessa sob o carinho

das mensagens sutis entendimentos

de tais formas de adoração

a moça chorava alegre

a despedida eterna da solidão

só se sabes ver o ar

é de sórdidas as convivências

nesse funil sair escanteio

o condenar das inocências

gatos, ratos, burros!

são gênios aparentemente

indefesos nas palavras

certos seres incontingentes

indivíduo és na direção

que avalia até a contração

do músculo que te compõe

da carne do coração

em cada tijolo

o levantar da parede

que tampa a vista e protege

à quem da liberdade tem sede

ingrid paes
Enviado por ingrid paes em 04/05/2012
Código do texto: T3648451
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