A dama das palavras...

Aqui completamente desprotegida

Vulnerável aos seus ataques insanos

Mas acolhida em seu leito sublime

Você que é minha louca poesia

As linhas dos meus desejos ocultos

Que me invade sem qualquer repudio

Que me aparece sem prosa e sem rima

Que vem em versos desalinhados

Em palavras desmedidas

Você que é atrevida e insulta os corações

Que quebra as paredes do meu ego

Que provoca a razão levando-a a loucura

Da onde você surge

Que me aparece nas horas mais inesperadas

Justo quando não posso dedicar-lhe

A atenção tão merecida

Quando sou obrigada a escolher

Entre a euforia em escrever-te imediatamente

Ou estancar meu instinto agora faminto

Conta-me onde você nasce

Onde brotam suas raízes

Essas que se aprofunda em meu ser

Tenho e mim a ligeira impressão

Que nasces do perfume das rosas

Aquelas que hipnotizam os homens comuns

Ou será do cheiro incomparável

Da terra sendo banhada pela chuva

Aquele aroma agradável que nos impregna a alma

Que nos faz viajar a tempos antigos

Visitar velhos amigos tal como o “Passado”

Ah! Você pequena indomável

Que quando quer faz de mim o que bem quiser

Você e sua força rompem a minha mente

Em sua chamada medicina

Cura a minhas feridas

E me submeti aos seus caprichos

E coloca-me a trabalhar a seu favor

Minha digníssima dama sensível

A realeza das palavras puras

A imperatriz da explicita declaração

A senhorita do meu querer

Você que tem tantos quereres

De formas ambíguas

Que nos encanta e nos fascina

A nossa pequena menina

A moleca que nos anima

Que com seus laços me domina

É assim que vou escrever

O que você me ensina

Bruxinha Faceira
Enviado por Bruxinha Faceira em 03/05/2012
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