TEORIA DA POESIA

Hoje eu choro pelo que nunca tive

E pelo que nunca vou ter.

Choro também pelo que nunca vivi

E pelo que nunca vou viver.

Choro mais ainda por essa dor crônica

Que não finda nunca, apenas supura rios de pura amargura.

E entre tantos choros que ainda estão por vir

E por ter certeza desse triste existir a vociferar.

E talvez por estar tão acostumado apenas a chorar

E nunca rir, eu me calo por calar como forma de revide ou acinte.

Aceito essa sina assassina vinda sem pedir, aceito tanto que quase chego a aplaudir.

É o choro não extirpa, funciona apenas como paliativo nessa recorrente torrente de agonia...

Que embora seja malquista, já é companhia do início ao fim de todos os dias.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 03/05/2012
Reeditado em 05/05/2012
Código do texto: T3648165
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