NO BAR

Eu precisava, agora,
saber o que quero realmente.
Precisava poder entrar na fossa
com convicção
e ficar desejando morrer
poeticamente de mentirinha.
Precisava me afundar
num copo de qualquer coisa
embriagante,
para, num ato heróico,
nadar desesperadamente
entre cubos de gelo
e sobreviver, por fim,
à ressaca
de ter te amado.
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 03/05/2012
Reeditado em 25/07/2014
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