Montanha alta

O céu encorpado de verde

Assombrado, suporta ao relento

A vida dos homens fortes

E nas estradas mais finas

De tristezas mais femininas

Dois homens brigam confinados

Num eterna vontade de destaque

Paralisados embaixo do tampo celeste

Da passagem secreta do tempo

As espadas triunfam em espasmos

São choques estriados, um destino dividido

Palavras usadas como faca de verniz

E solidão esfola em andrajos

O escondido momento de esperança

E nos cômodos escondido da coluna servil

Homens olham, no céu, uma folha viva

Que nasce dos choques da guerra

Duas moças bonitas e estreladas

De roupas finas e beleza infinita

Da arquibancada, aplaudem e vestida

De troféus acenam a possibilidade do conforto

E do prazer que se faz nas taverna secretas

Dos vencedores....

Dois olhos cismam, longe dali,

Da absurda forma de entender

A força que controla a cidade,

E nos campos, distantes

Das coisas alvas, nos breus

Acostumados aos distante do poder

E das possibilidades, não sabem

Não vivem, não alimenta da guerra

Que se passa no alto da montanha

O sol, experiente Deus

Da vida e da plantação

Senhor da terra

E dos vales abertos

Voa de ponta a ponta

Ao longo do céu

Varrendo de cor e de beleza

As dúvidas que assolam as disputas

Diante da claridade da explosão,

O corpo de pedra se abre.

A duvida, problema da existência

É agora seu adubo