Espiã
A janela de meus olhos estão sempre abertas
Para epreitá-lo passar nas entrelinhas.
Numa ousadia corajosamente esperta
De decifrar teu jeito como adivinha.
Não és previsível, de modo algum,
Mas estes teus versos fúlgidos
Tornou-se um vício impetuoso.
Que sobrepôs meu rosto nu
No teu ritmo quase súbito.
De repousar sem alvoroço.
Ah... a minha janela.
Ah....os teus passos largos
Eternamente apressados.
Se és vera ou quimera,
Não sei. Então o que me resta
É ser eterna amante
Deste teu fluxo viajante.