Espiã

A janela de meus olhos estão sempre abertas

Para epreitá-lo passar nas entrelinhas.

Numa ousadia corajosamente esperta

De decifrar teu jeito como adivinha.

Não és previsível, de modo algum,

Mas estes teus versos fúlgidos

Tornou-se um vício impetuoso.

Que sobrepôs meu rosto nu

No teu ritmo quase súbito.

De repousar sem alvoroço.

Ah... a minha janela.

Ah....os teus passos largos

Eternamente apressados.

Se és vera ou quimera,

Não sei. Então o que me resta

É ser eterna amante

Deste teu fluxo viajante.

Karoline Correia
Enviado por Karoline Correia em 03/05/2012
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