Contentamento
Parece doença
Não sara, é incurável
Amar a vida...
Que beleza! Como eu queria...
Não gosta de confetes...
Tão séria! Demoro a achar
A palavra certa que
Lhe contente
É mais fácil amar Maria
Que me disse – presente -
Quando lhe chamei da janela.
Seu sorriso despregado
Da boca, ainda guarda minha esperança.
Atrás dela não existe mais nada!
Só o céu, acima da cabeça
É mais belo...
Onde será que anda Maria!
Tem gente que vai embora
Mas não sai de nossa cabeça.
Que raiva dela
Que me amarrou com cadeado
E corrente naquele banquinho
Ridículo da Rua do Fogo.
E Repartimos nossa cidade
Em patrimônio e pobreza
Entre Fartura e infelizes
Isso não impede
Que chova ou que faça sol,
Porque Deus não se intromete
Em pirraças, eu acho...
Querida, Maria!
Semestre passado fiquei resfriado
Onde você estava?
Os abraços guardados como lembranças
Já não funcionam mais, estão muito fracos.
A renovação quanto é que custa, heim?
Se receber essa cartinha,
Responda com beijos
De batom nos cantos, lembra?
E a rua espichada
Ainda sustenta os passos
Da garotada que ainda
Não sabe de nada....