Vinho
Quebrou-se a taça de vinho
Jazem no chão amontoados os cacos
Uma taça de um ente sozinho
Partículas no chão fragmentados
O chão absorve o líquido rubro
Umedecendo do piso ao cimento
As lágrimas caem agora em dobro
Que chega a deixar o chão bolorento
Uma a uma as taças se foram
Toma-se o vinho agora em gargalhos
Rolhas e rolhas agora estouram
Algumas acertam a ponta do galho
Embaçados os olhos se deixam pender
Em qualquer lugar o repouso é certo
Espera outro dia no amanhecer
Para ver o que fez só assim bem de perto