Fardo do mundo

Me sinto um chinelo velho

Esquecido.

Sem nada.

Cheio de marcas que os pés deixaram

Que vive de lembranças,

Lembranças empoeiradas.

Lembranças velhas.

Me sinto um chinelo novo

Na prateleira.

Cheio de sonhos.

Sonhando com pés que vai acomodar

E com a vida que vai compartilhar.

Chinelo sonhador.

Mas na real, não sou nem novo nem velho

Nem chinelo.

Nem remou passado, nem sonho com o futuro

Vivo meu presente

Que não é um presente

É mais um fardo

Fardo do mundo.

jeffeson moura
Enviado por jeffeson moura em 01/05/2012
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