O telhado
Da esquina o almirante bravo
que decorre ao olhar esquivo
pensar lento é ágil movimento
no lançar de um amor equívoco
Salta o muro e vê o tempo
cada gota a criar a partitura
é esse o modo que tu vives
é essa a vida que procuras
Já ouvi soar o sino
mas de ver, sentir me basta!
Olha a louca, a granfina fina
que de mim o olhar embaça
Socorre-a! lamento
brava pátria! Luta armada
pelo sonho que teu sono inibe
pelas gotas escaldadas
Gentileza! Perdão suplico
este grito não é meu grito
é o vento enfurecido
que sua ira despertou
Faz silêncio na cidade
vê-se um homem abandonado
que de louco disse ver
um gato no telhado