O cuspe

Eu te cuspo a boca

Os olhos e ouvidos

Para que não sejas pura

... Para que lhe adentre

As dez mil bactérias

Deste amor tão burro...

E eu te quero tanto

Que sou tão velho como tudo

Mas não lhe trago rosas

Apenas o meu cuspe imundo

Que marcara a minha eterna presença em você

E lhe sera eterno e caro como um diamante

Esse cuspe cheio de amor e catarro

Que não pouco lhe trara muitas nauseas

E nauseabundo

Derramaras no tapete da sala

Toda essencida de tuda vida.

Cachaça e balas

Balas daquelas que se usa pra sorrir.

Eu te trago um cuspe engroçado

Do desejo que da tua cara limpa inocente te enojes

E queira desmembra-la

E lança-la a fundição que renova a forma do ouro.

E principalmente que esse cuspe te escorra pela boca

E desça ao teu estomago tão maltratado

Te curando com as dez mil bactérias que trago

Desse vício deslumbrante de ser fraco.

Esse meu cuspe escarrado

É prova viva do amor que te tenho

Ele traz toda ternura do quererte

Bem adornado de uma roupagem crua

Diferente desses trajes empolados que trazes

E que não dizem nada.

Bernardo Cruz
Enviado por Bernardo Cruz em 01/05/2012
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