O cuspe
Eu te cuspo a boca
Os olhos e ouvidos
Para que não sejas pura
... Para que lhe adentre
As dez mil bactérias
Deste amor tão burro...
E eu te quero tanto
Que sou tão velho como tudo
Mas não lhe trago rosas
Apenas o meu cuspe imundo
Que marcara a minha eterna presença em você
E lhe sera eterno e caro como um diamante
Esse cuspe cheio de amor e catarro
Que não pouco lhe trara muitas nauseas
E nauseabundo
Derramaras no tapete da sala
Toda essencida de tuda vida.
Cachaça e balas
Balas daquelas que se usa pra sorrir.
Eu te trago um cuspe engroçado
Do desejo que da tua cara limpa inocente te enojes
E queira desmembra-la
E lança-la a fundição que renova a forma do ouro.
E principalmente que esse cuspe te escorra pela boca
E desça ao teu estomago tão maltratado
Te curando com as dez mil bactérias que trago
Desse vício deslumbrante de ser fraco.
Esse meu cuspe escarrado
É prova viva do amor que te tenho
Ele traz toda ternura do quererte
Bem adornado de uma roupagem crua
Diferente desses trajes empolados que trazes
E que não dizem nada.