e quando a poesia falta
a alma esvazia
a luta acalma
num entremeio de trêmulos
arrepios

quando não há o que poesiar
o coração começa  a não funcionar
os olhos embaçam
as pernas amolecem
o ânimo falece

e parece que não há mais céu
só o chão  é visto
e tudo vira nada
 os sonhos morrentes
inutil estar acordada

quando a poesia  adormece
a mente anoitece
a esperança adoeçe
a morte acontece

então antes da prece
antes da correnteza  desastrosa
carregar o corpo
e melhor reagir

se nao tem poesia
fale do dia
fale da auforria a exigir...
mas brigue
grite
saia do limbo arquitetado por patéticos
não se permita ser calada

arranhe as correntes
emaranhadas de sangue do espirito
arrebente os elos
com seu grito

saia  da cadeia
da ( não santa ceia)
do escuro dia

e.... caminhe até seus olhos
 passe sobre eles suas mãos
e escreva....(poesia... poesia não)...
daí  tudo rebrotará  em seu machucado coração

mas voce provará
que é dona de seus pés
e não os tem em (vão)




 
para o texto   (escuridão)  da poetisa laura duque














olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 29/04/2012
Reeditado em 31/07/2012
Código do texto: T3640365
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