Eu te amo
Eu te amo com o cuidado adolescente dos amores platônicos
Sussurrando nas entrelinhas do silêncio, soluçando
Nas noites insones com o olhar perdido entre estrelas
Te amo com a leveza de um beija-flor tocando a flor que o alimenta
Te amo com a mansidão de um beijo deslizando por um corpo inquieto,
por uma alma em chamas
Te amo como uma beata ama a religião, como uma mãe ama seu filho,
como uma amante fervorosa ama o corpo do seu amado
Te amo como o pescador ama o mar, como o boêmio ama a noite e o poeta a poesia.
Te amo com a fúria da guitarra do roqueiro e a doçura de um canto gregoriano
Te amo por que te amar é meu verbo, minha religião, minha filosofia
Te amo por que nasci pra te amar, por que você é minha sina,
meu carma, meu começo meio e fim, por que só sei amar a ti
Por que meu corpo só reconhece tuas digitais e minha alma
só acorda com tua presença
Te amo em todos os tempos que o verbo amar exige
E seguirei te amando nas noites das minhas poesias,
nos dias dos meus delírios e na eternidade dos sonhos que guardam a tua essência.
(Edna Frigato)