Na flor da melhor idade

Não são vinte, não são cinqüenta

Nem sessenta ou sessenta e um...

São sessenta e dois anos,

Bem-vindos um por um...

Na minha carteira de identidade

Vem com essa idade...

Mas no meu coração, na emoção,

Na sensação e na minha ilusão,

Eu não sinto essa idade, não....

Sou poetisa hoje mais que ontem,

Menos que amanhã.

Quem sabe quantas emoções ainda virão,

Com um novo amor ou com uma nova paixão...

Uma felicidade sem ter um mesclar de tristeza,

Quero pecar na vaidade de ser... só feliz.

Ter o direito de gritar: eu amo...

Sem ter vergonha dos meus cabelos brancos,

Nem das marcas do tempo, no meu rosto;

Sem a culpa de não ter mais...

Os meus vinte e poucos anos.

Mas o orgulho de agora estar

Na flor da melhor idade, e capaz de amar.

Quero apenas viver o meu hoje...

Sem ontem ou amanhã... Amar

Sem medos, nem receios...

E ser feliz... além do tempo...

Sei que posso amar,

Fiz um homem jovem delirar;

Eu senti o seu corpo todo vibrar...

E ele fez o meu corpo inteiro despertar...

Como uma adolescente enamorada ... com ele...

Pela primeira vez... eu vi no seu olhar

Aquele olhar de quem vai amar...

Posso ter passado pelo tempo...

Mas a minha alma permanece jovem...

O meu coração ainda está

Com muito amor para dar,

E esperando para receber

Um grande amor... tão cheio de verdade...

Que transforme... os meus sonhos... em realidade...

"Ousei Escrever Poesias"