E quanto mais eu eu escarro mas secreção produzo
É fruto escuro da minha rebeldia
Num tubo que me traga noite e dia.
E eu escarro os meus temores,
As minhas dores são maiores
Ignoro os que me enfrentam
Estou cansada de lutas
O luto que trago no peito é o que me aflige diante
da rudeza da minhas culpas
Não quero a graça, nem louvores
Nem o canto silencioso dos suicidas
Em suas eiras , quero apenas essa madrugada
Com meu velho colt, com minhas botinas gastas
Nada represento, nem alegria, nem ousadia
Nada! Sou vazia e muda, porque meu grito abafam
Eu sigo só como um corsário e mergulho
Nas minhas lágrimas interiores
onde não há mentira, nem dolos
Nem amargura há, há apenas o pensar constante
Que não deixe minha mente descansar
Nos meus arroubos de juventude
Eu manuseio e recarrego as minhas palavras.
Nessa larva quente que me implode.