A POESIA DO IMPROVÁVEL
Por favor, uma esmola para o pobre hermitão que sofre por um amor não correspondido.
Uma esmola para um maldoso cupido que sofre, que por tanto tempo trancado em um certo tempo, onde de esmola em esmola contento minha infinita tristeza.
Onde eu rezo por horas, dias, meses e anos e minha alma chora por um passado perdido, cheio de pensamentos e de planos.
E acabando as horas eu conto todas as esmolas que é toda a minha herança.
A herança do mal em que ando, e, assim, como prometido, eu sofro a sina de um maldoso cupido, um amor pelo passado e fervor por um futuro perdido.
* Do Marco Luque no espetáculo Improvável!