Amália
O cheiro doce e quebrado
Dessa terra, desse encharco
Onde meu amor morreu
Me traz tanta saudade
Tempos longos, que vontade
Dessa vida que deixei.
Era a vida toda lerda
De pureza e de bondade
Minha mãe me acarinhava
Meu pai me ralhava
Mas da rua não saia
Onde tudo eu podia
Labutar de toda moda
Correr e brincar de bola
Era bom e eu sabia
Era a escola primária
O aniversário de Amália
Que tanto me amava
Que dizia com insistência
Querer me casar
Amália era bonita
Gente fina e muita
Rica. Tinha carro
E boca boa, deixava
O peito todo atoa
E nos domingos
Certeiros, ainda
Verdadeiros, me
Dizia com sorriso
Que amor da sua
Vida, era o menino
Que estava, bem
Na frente das suas vista
E, eu ficava bobo
Com tanta fé
Na minha pessoa
Eu chorava em
Todo canto
De ternura
E de encanto
Sem acreditar
Que o amor
Da moça mais bonita
Era meu e todo
Meu, mais tudo
Nessa vida,