INSTINTO SELVAGEM
Diante das incertezas que a vida apresenta,
Diante das inseguranças que carrego comigo,
A falta do abraço do irmão que a lembrança acalenta
Sinto-me inseguro, futuro incerto, ambíguo.
Não sinto mais a grama orvalhada roçando meus pés,
Não sinto mais a brisa fresca nas noites de verão.
Sinto, ao contrario, um turbilhão de sentimentos, tudo ao revés
Sinto ferver o sangue nas veias, ao perceber que tudo é vão.
Vão, como a batalha inconstante que travo comigo
Vão, como a falta do abraço que sei que não terei,
(Ou o terei, somente no pensamento, mas me sinto insatisfeito)
Vão, como a brisa fresca que teima em não vir, e quando vem,
Queima minha alma e provoca os meus mais remotos instintos selvagens