O tempo e as horas

O homem que abraça as horas

Perde-se esquecido do tempo

Mantém o passo da guerra

Na sua faina cotidiana

Matando por dia um leão

Não sabe que o tempo derrama

Para além das 24 horas

Bem depois da confusão.

O girar dessa massa terrestre

Na valsa que faz com o Sol

É artifício que engana

De muito poder realizar

Em tão pouco espaço de horas

O ser que dele sempre se ufana

Não sabe quanto são diferentes

As vozes da matéria e as vozes do espírito

Crava seus dias nos ponteiros do relógio

Não flui nessa relatividade libertadora

É pobre escravo de si mesmo

Que à força necessária de existir

Existe esquecido de viver.

Marcelo FAS
Enviado por Marcelo FAS em 27/04/2012
Código do texto: T3635864
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